Treze escolas da rede municipal de educação tiveram as aulas suspensas nesta segunda-feira (9), na região de Cajazeiras, em Salvador, após o início das operações policiais que buscam suspeitos de matar três policiais militares na área.
A informação foi divulgada ao iBahia pela Secretaria Municipal de Educação. Segundo a pasta, somente no turno da tarde, 2.658 estudantes ficaram sem aulas. Ainda não há previsão da retomada do funcionamento das escolas.
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Entre as instituições com aulas suspensas, há unidades nos bairros de Águas Claras e Fazenda Grande I, onde os policiais militares foram mortos. Confira a lista:
Águas Claras
Escola Municipal Francisco Leite
Escola Municipal Iraci Fraga
Escola Municipal São Damião
Escola Municipal Eduardo Campos
Centro Municipal de Educação Infantil Cantinho das Crianças
Cajazeiras VII
Escola Municipal Irmã Dulce
Cajazeiras VIII
Escola Municipal Professor Ricardo Pereira
Cajazeiras XI
Escola Municipal Maria Antonieta Alfarano
Fazenda Grande I
Escola Municipal Beatriz Farias
Fazenda Grande II
Escola Municipal Fazenda Grande II Ministro Carlos Santana
Escola Municipal Cristo Rei
Fazenda Grande IV
Escola Municipal Recanto do Sol
Trobogy
Escola Municipal 2 de Julho
Somente até o início da tarde desta segunda, quatro homens suspeitos de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar Alexandre José Ferreira Menezes Silva, que foi atacado a tiros enquanto trabalhava no último sábado (7), foram baleados em ações policiais. Dois deles morreram e os outros dois seguem internados sob custódia em uma unidade de saúde.
A informação foi divulgada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, durante entrevista coletiva. O porta-voz não detalhou se os suspeitos estavam juntos, onde foram encontrados, para qual hospital os feridos foram levados, qual o estado de saúde deles e nem se algo foi apreendido com o grupo. Os nomes dos suspeitos também não foram divulgados.
Além do soldado Alexandre Menezes, os outros dois PMs mortos no fim de semana foram Shanderson Lopes Ferreira e Victor Vieira Ferreira Cruz, que foram atacados enquanto voltavam do enterro do colega, à paisana, no domingo (8). Segundo o comandante-geral, outros homens com suspeita de envolvimento nas mortes são procurados pela PM.
“Todo o efetivo da Polícia Militar está envolvido nesta operação, por determinação nossa [Comando Geral da PM] e do governador do estado, para que a gente mostre de forma bem clara que eles atentaram contra o Estado da Bahia, e nós não vamos permitir que isso aconteça”.
A Polícia Civil também divulgou nesta segunda que trabalha em conjunto com a PM para localizar os suspeitos. Segundo a PC, em uma reunião de alinhamento, os Departamentos de Homicídios e Proteção e a Pessoa (DHPP), de Inteligência Policial (DIP), de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e de Polícia Metropolitana (DEPOM) definiram, junto com representantes do SI/SSP e da PM, grupos de trabalho que desenvolvem atividades de inteligência alinhadas com levantamentos em campo. Equipes do DHPP e do Draco ficaram com as atividades investigativas.
O corpo do policial Shanderson Lopes foi enterrado na tarde desta segunda no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília de Valéria. A cerimônia reuniu centenas de amigos e familiares, além de colegas de farda do PM.
Já o corpo de Victor Vieira foi levado para a cidade de Ubaitaba, no sul do estado, onde deve ser velado na noite desta segunda e enterrado na manhã da terça-feira (10).
Crimes e reforço no policiamento
O soldado Alexandre José Ferreira Menezes Silva foi baleado em um confronto na Rua Ulisses Guimarães, no bairro de Águas Claras. O corpo dele foi sepultado no domingo, no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, em Salvador.
Já Shanderson Lopes e Victor Vieira foram atacados na Rua Vereador Zezeu Ribeiro, no bairro de Fazenda Grande I. A PM não detalhou se houve troca de tiros, mas os dois não estavam a serviço quando foram mortos.
Os três policiais militares pertenciam à 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que atua em Cajazeiras. Após os crimes, o policiamento foi reforçado na região.
Nesta segunda-feira, chegou a circular uma informação de um toque de recolher na região, porém a situação foi negada pela PM. Além disso, o comércio, as escolas da rede estadual e o transporte público não tiveram mudanças no funcionamento ao longo do dia.
Durante uma coletiva dada nesta segunda-feira, o governador do estado, Rui Costa (PT), autorizou o uso de força máxima da segurança pública para encontrar e prender todos os suspeitos de envolvimento nas mortes dos PMs.
“Toda operação já acontecendo desde ontem (8). Estamos com policiamento na área. Toda a determinação já foi dada para uso de todos recursos militares especializados. Eu ressalto aqui a mensagem para nossa Polícia Militar: precisamos e vamos agir com força, mas profissionalismo para que os responsáveis por isso sejam capturados”, disse o governador.
De acordo com Rui Costa, todos os recursos da polícia estão sendo utilizados para a apreensão. O governador afirmou ainda que é necessário ainda sangue frio por parte dos agentes para lidar com a perda dos colegas e agir na captura dos criminosos.
“Todo recurso disponível da Polícia Militar e da Polícia Civil está sendo usado desde ontem e em breve apresentaremos a captura desses criminosos e dos armamentos, porque as mortes foram realizadas com tiro de fuzil, o que mostra, infelizmente, o poder de fogo desses criminosos”.
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Redação iBahia
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